"Subúrbio carioca", Di Cavalcanti
Pois sim. Finalmente tomei coragem de criar um espaço onde minhas palavras possam não apenas chegar às pessoas, mas, sobretudo, juntar-se a outras. O diálogo que se pode travar, na medida em que meus textos toquem as pessoas e provoquem nelas alguma reação, é ao mesmo tempo maravilhoso e desafiador.
Um querido amigo das letras, Flávio Carneiro, disse uma vez que o escritor é uma espécie de leitor frustrado por não ter na estante aquilo que queria ler e por isso escreve. Concordo. Pode ser. Mas também não teria ali um pouco de vaidade, pretensão, ousadia? Quando alguém se lança ao deitar no papel as suas ideias, não as quer somente claras, mas, acima de tudo, belas. Isso é o que nos dá a literatura: a beleza da forma.
Afinal, a literatura nasce da busca do artista por uma forma singular. Por isso, tantos estilos e técnicas, para no fundo abordar sempre o mesmo assunto: o homem e a sua relação com o existir.
Por exemplo, Bento Santiago tinha uma história até mesmo comum para a condição humana, embora não a aceitemos. Mas ao invés de lermos em "Dom Casmurro" um caso de traição, lemos o monólogo da suspeita. E ao esboçar um livro que tentasse dar ordem ao seu interior caótico - já que todo o externo vai bem com as tintas -, embora fosse simples exercício de escrita para uma outra obra de maior relevância, sem se dar conta, Bento elabora o romance mais inquietante da história de nossas letras.
Mas o que motivava autor ficcional machadiano realmente? Elaborar a "História dos Subúrbios". E o que foi escrito? Nada. Por isso, pra mim, o título que batiza este blog simboliza e sintetiza a minha fome de escritor iniciante: o desejo de elaborar algo que ainda não sei bem o que é, mas que, justamente por isso, precisa ser escrito.
Vamos tentar.
Pois sim. Finalmente tomei coragem de criar um espaço onde minhas palavras possam não apenas chegar às pessoas, mas, sobretudo, juntar-se a outras. O diálogo que se pode travar, na medida em que meus textos toquem as pessoas e provoquem nelas alguma reação, é ao mesmo tempo maravilhoso e desafiador.
Um querido amigo das letras, Flávio Carneiro, disse uma vez que o escritor é uma espécie de leitor frustrado por não ter na estante aquilo que queria ler e por isso escreve. Concordo. Pode ser. Mas também não teria ali um pouco de vaidade, pretensão, ousadia? Quando alguém se lança ao deitar no papel as suas ideias, não as quer somente claras, mas, acima de tudo, belas. Isso é o que nos dá a literatura: a beleza da forma.
Afinal, a literatura nasce da busca do artista por uma forma singular. Por isso, tantos estilos e técnicas, para no fundo abordar sempre o mesmo assunto: o homem e a sua relação com o existir.
Por exemplo, Bento Santiago tinha uma história até mesmo comum para a condição humana, embora não a aceitemos. Mas ao invés de lermos em "Dom Casmurro" um caso de traição, lemos o monólogo da suspeita. E ao esboçar um livro que tentasse dar ordem ao seu interior caótico - já que todo o externo vai bem com as tintas -, embora fosse simples exercício de escrita para uma outra obra de maior relevância, sem se dar conta, Bento elabora o romance mais inquietante da história de nossas letras.
Mas o que motivava autor ficcional machadiano realmente? Elaborar a "História dos Subúrbios". E o que foi escrito? Nada. Por isso, pra mim, o título que batiza este blog simboliza e sintetiza a minha fome de escritor iniciante: o desejo de elaborar algo que ainda não sei bem o que é, mas que, justamente por isso, precisa ser escrito.
Vamos tentar.
Até que enfim, professor, um espaço para seus textos.
ResponderExcluirAliás, há algum tempo eu vinha dizendo que está na hora de você pensar em publicar um livro, não é? Hehehe
Grande abraço!